A menos de um ano da realização da COP30, em Belém (PA), um levantamento revelou que a própria sede do evento e outras 12 capitais brasileiras ainda não possuem um plano municipal de enfrentamento às mudanças climáticas. A ausência desses planos em centros urbanos estratégicos expõe uma contradição preocupante: enquanto o Brasil se posiciona como liderança na agenda climática global, internamente ainda falta estrutura e planejamento local para lidar com os efeitos já visíveis da crise ambiental.
Os planos municipais de clima são ferramentas essenciais para mapear vulnerabilidades, reduzir emissões de gases de efeito estufa e preparar as cidades para eventos extremos, como enchentes, secas e ondas de calor. A ausência desses instrumentos compromete a capacidade das prefeituras de agir de forma preventiva e coordenada.
A situação reforça a urgência de integrar a pauta climática às políticas urbanas. Para que a COP30 seja um marco real de transformação, será necessário que Belém e outras capitais assumam compromissos concretos e saiam da retórica para a ação. O protagonismo climático começa no território.
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