O impacto da ausência de EUA e Israel na COP 30
A COP 30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, em novembro de 2025, terá um desafio adicional pela frente: a ausência de dois importantes atores no cenário internacional, Estados Unidos e Israel.
Estados Unidos
A ausência dos Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, é um golpe duro para a COP 30. Os EUA têm um papel fundamental a desempenhar na liderança de esforços globais para combater as mudanças climáticas, tanto por sua influência política e econômica quanto por sua capacidade de investir em tecnologias e soluções inovadoras.
A retirada dos EUA do Acordo de Paris, decidida pelo ex-presidente Donald Trump e revertida pelo atual presidente Joe Biden, demonstra a instabilidade da política climática do país e gera incertezas sobre o futuro do acordo.
A ausência dos EUA na COP 30 pode enfraquecer o compromisso global com a redução de emissões, dificultar o estabelecimento de metas ambiciosas e prejudicar a mobilização de recursos financeiros para os países em desenvolvimento.
Israel
A ausência de Israel, um país com grande potencial em tecnologias de ponta e soluções para adaptação às mudanças climáticas, também é uma perda para a COP 30. Israel tem expertise em áreas como dessalinização de água, agricultura de precisão e energias renováveis, que podem ser valiosas para outros países que enfrentam desafios semelhantes.
Além disso, a ausência de Israel pode ser vista como um sinal de desinteresse do país pela agenda climática global, o que pode ter um impacto negativo em sua imagem internacional.
O que esperar da COP 30
Diante da ausência de EUA e Israel, a COP 30 terá que se esforçar ainda mais para alcançar seus objetivos. Será fundamental que outros países, como China, União Europeia e Brasil, assumam um papel de liderança e intensifiquem seus esforços para reduzir emissões e promover a adaptação às mudanças climáticas.
A participação de outros atores não estatais, como empresas, organizações da sociedade civil e comunidades locais, também será crucial para o sucesso da COP 30.
Apesar dos desafios, a COP 30 representa uma oportunidade única para o Brasil se destacar como um líder na agenda climática global e para o mundo demonstrar seu compromisso com a construção de um futuro mais sustentável.
Algumas sugestões para a COP 30
- Fortalecer o multilateralismo: Buscar o engajamento de todos os países, incluindo aqueles que não estão alinhados com a agenda climática, por meio do diálogo e da cooperação.
- Aumentar a ambição: Estabelecer metas de redução de emissões mais ambiciosas, em linha com o Acordo de Paris e com a ciência climática.
- Mobilizar recursos: Garantir o financiamento para os países em desenvolvimento, para que possam implementar suas ações de mitigação e adaptação.
- Promover a inclusão: Garantir a participação de todos os atores da sociedade, incluindo mulheres, jovens, povos indígenas e comunidades locais, nas decisões sobre o clima.
- Celebrar o Acordo de Escazú: Ratificar e implementar o Acordo de Escazú, que garante o acesso à informação e à participação em questões ambientais na América Latina e no Caribe.
A COP 30 será um momento crucial para o futuro do planeta. Apesar da ausência de EUA e Israel, é possível construir um futuro mais verde e justo para todos.
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