30/05/2025


 

Educação Ambiental e Engajamento Social: Cultivando a Consciência e a Ação

A educação ambiental e o engajamento social são pilares interconectados para a construção de um futuro sustentável. Enquanto a educação ambiental busca promover a compreensão dos problemas ambientais e a conscientização sobre a importância da preservação, o engajamento social catalisa a ação coletiva em prol do meio ambiente.

A educação ambiental vai além da transmissão de informações sobre ecologia e meio ambiente. Ela visa desenvolver nos indivíduos um senso crítico e uma ética ambiental, capacitando-os a compreender as interconexões entre os sistemas naturais e sociais, e a identificar as causas e consequências dos problemas ambientais. Ao promover o conhecimento sobre temas como a biodiversidade, as mudanças climáticas, a poluição e o uso sustentável dos recursos naturais, a educação ambiental planta a semente da preocupação e da responsabilidade ambiental.

No entanto, a conscientização por si só nem sempre se traduz em ação. É nesse ponto que o engajamento social se torna fundamental. O engajamento social no contexto ambiental refere-se à participação ativa da sociedade em iniciativas e processos que visam a proteção e a recuperação do meio ambiente. Isso pode ocorrer de diversas formas, desde a participação em projetos de voluntariado, a pressão por políticas públicas mais rigorosas, a adoção de práticas de consumo consciente, até a mobilização em defesa de causas ambientais.

A sinergia entre a educação ambiental e o engajamento social é poderosa. Uma população informada e consciente tende a se engajar mais ativamente na busca por soluções ambientais. Por outro lado, a participação em ações concretas de proteção ambiental reforça o aprendizado e a internalização dos valores da sustentabilidade.

Em Salvador, Bahia, com sua rica biodiversidade e os desafios ambientais urbanos e costeiros, a promoção da educação ambiental e o fomento ao engajamento social são particularmente relevantes. Iniciativas que envolvam as comunidades locais na proteção de manguezais, na limpeza de praias, na criação de hortas urbanas e em programas de reciclagem são exemplos de como essa integração pode gerar resultados positivos.

Em suma, a educação ambiental fornece o conhecimento e a consciência necessários, enquanto o engajamento social impulsiona a ação transformadora. Juntos, eles fortalecem a capacidade da sociedade de enfrentar os desafios ambientais e de construir um futuro mais equilibrado e sustentável para todos.


Políticas Públicas e Regulações Ambientais: Um Imperativo para a Sustentabilidade

No contexto global contemporâneo, marcado por crescentes desafios ambientais como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição, as políticas públicas e regulações ambientais emergem como instrumentos cruciais para a promoção da sustentabilidade. Estas ferramentas governamentais visam orientar as ações da sociedade, do setor privado e do próprio Estado em direção a práticas mais responsáveis com o meio ambiente.

As políticas públicas ambientais abrangem um leque variado de estratégias e ações planejadas e implementadas pelo governo para alcançar objetivos ambientais específicos. Isso pode incluir a criação de áreas protegidas, o fomento a energias renováveis, programas de educação ambiental, incentivos fiscais para práticas sustentáveis e o estabelecimento de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela Lei nº 6.938/81, estabelece os princípios e instrumentos para a gestão ambiental no país, sendo um marco fundamental para a atuação governamental nessa área.

Por outro lado, as regulações ambientais consistem em normas e leis que estabelecem limites, padrões e procedimentos a serem seguidos por indivíduos e organizações para minimizar seus impactos negativos sobre o meio ambiente. O licenciamento ambiental, por exemplo, é um importante instrumento de regulação que condiciona a operação de atividades potencialmente poluidoras à aprovação prévia dos órgãos ambientais. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) é outro exemplo relevante, ao tipificar condutas lesivas ao meio ambiente e prever sanções para os infratores.

A efetividade das políticas públicas e regulações ambientais depende de diversos fatores, incluindo a sua adequada formulação, a eficiente implementação e fiscalização, e a participação da sociedade. No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos nesse campo, como o desmatamento, a mineração ilegal e a dificuldade em harmonizar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental.

Em suma, as políticas públicas e regulações ambientais são ferramentas indispensáveis para a construção de um futuro mais sustentável. Em Salvador, Bahia, e em todo o Brasil, o fortalecimento e aprimoramento dessas ferramentas são essenciais para a conservação da rica biodiversidade e para a promoção de um desenvolvimento que considere as dimensões ambientais, sociais e econômicas de forma integrada. 

28/05/2025


 

Ataque à Ministra do Meio Ambiente Expõe Força da Frente Antiambiental

O recente ataque à Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante uma audiência no Senado Federal, escancara a persistente e influente força da frente antiambiental no Brasil. As ofensas proferidas, que tangenciaram o desrespeito pessoal e a desqualificação de seu papel institucional, revelam a irritabilidade de setores que se opõem à agenda de proteção ambiental e ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Este episódio não pode ser visto como um evento isolado. Ele ocorre em um contexto de crescente pressão para flexibilizar leis ambientais, enfraquecer órgãos de fiscalização e avançar com projetos de infraestrutura com potenciais impactos socioambientais significativos. A aprovação, poucos dias antes, de um projeto de lei que fragiliza o licenciamento ambiental no Senado, é um indicativo claro dessa ofensiva.

A agressividade direcionada à Ministra Marina Silva, uma figura com histórico de defesa ambiental reconhecido internacionalmente, demonstra a estratégia de deslegitimar vozes que se contrapõem aos interesses da exploração desenfreada dos recursos naturais. Essa frente antiambiental, que reúne atores de diversos setores, parece disposta a utilizar táticas de intimidação e desqualificação para avançar sua agenda.

É fundamental que a sociedade civil, os órgãos de controle e o governo federal permaneçam vigilantes e firmes na defesa da política ambiental. O ataque à ministra é, em última instância, um ataque a todos que reconhecem a urgência da proteção do meio ambiente para o presente e o futuro do Brasil. A reação firme e a solidariedade à Ministra Marina Silva são passos importantes, mas é necessário um esforço contínuo para confrontar e desarticular a influência dessa frente antiambiental e garantir a implementação de políticas que conciliem desenvolvimento econômico com sustentabilidade.


Tecnologia como Aliada na Redução de Custos e Energia nas Empresas

Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo e com crescente preocupação ambiental, a tecnologia emerge como uma poderosa ferramenta para otimizar recursos e diminuir despesas. Empresas de diversos setores estão adotando soluções tecnológicas inovadoras para cortar custos operacionais e, simultaneamente, reduzir o consumo de energia.

A automação de processos é um dos pilares dessa transformação. Ao substituir tarefas manuais e repetitivas por sistemas automatizados, as empresas não apenas aumentam a eficiência e reduzem a margem de erro, mas também otimizam o uso de energia. Por exemplo, em linhas de produção, sensores e softwares inteligentes podem ajustar o funcionamento de máquinas de acordo com a demanda real, evitando o consumo desnecessário de eletricidade.

Outra área onde a tecnologia demonstra seu valor é na gestão energética inteligente. Através de softwares de monitoramento em tempo real e da Internet das Coisas (IoT), as empresas podem acompanhar de perto o consumo de energia em diferentes áreas e identificar oportunidades de otimização. Sistemas preditivos podem analisar padrões de consumo e auxiliar na tomada de decisões para reduzir picos de demanda e evitar desperdícios.

A adoção de iluminação LED com sensores de presença em escritórios e instalações industriais é outro exemplo prático de como a tecnologia contribui para a economia de energia. Lâmpadas LED consomem significativamente menos energia que as tradicionais, e os sensores garantem que a luz seja utilizada apenas quando necessário.

Além disso, a tecnologia facilita a transição para fontes de energia renovável, como a solar. O monitoramento da produção de energia solar e a sua integração com o consumo da empresa são otimizados por softwares e sistemas de gestão, maximizando os benefícios dessa alternativa energética.

Em suma, a tecnologia não é apenas um facilitador de processos, mas um vetor crucial para a eficiência energética e a redução de custos nas empresas. Ao investir em soluções inteligentes, as organizações podem alcançar uma operação mais enxuta, sustentável e competitiva. 

26/05/2025


Inteligência Artificial e o Meio Ambiente: Uma Via de Mão Dupla

A inteligência artificial (IA) emerge como uma ferramenta poderosa com potencial para revolucionar a forma como interagimos e protegemos o meio ambiente. Suas capacidades de análise de dados, reconhecimento de padrões e modelagem preditiva abrem novas avenidas para enfrentar desafios ambientais complexos. No entanto, é crucial reconhecer que o desenvolvimento e a implementação da IA também carregam consigo implicações ambientais significativas.

O Potencial da IA para o Meio Ambiente:

A IA oferece diversas aplicações promissoras para a sustentabilidade:

  • Monitoramento Ambiental: Algoritmos de IA podem analisar grandes volumes de dados de satélites, drones e sensores terrestres e marinhos para monitorar o desmatamento, a poluição do ar e da água, mudanças climáticas, e a saúde de ecossistemas. Isso permite a detecção precoce de problemas e uma resposta mais rápida e eficaz.
  • Conservação da Biodiversidade: A IA auxilia na identificação e monitoramento de espécies, rastreamento de animais, análise de habitats e combate ao comércio ilegal de vida selvagem. Sistemas de visão computacional podem identificar espécies em fotos e vídeos, enquanto a análise de sons ambientais pode detectar a presença de animais raros ou ameaçados.
  • Gestão de Recursos Naturais: A IA pode otimizar o uso de recursos como água e energia na agricultura, indústria e cidades, reduzindo o desperdício e aumentando a eficiência. Modelos preditivos podem auxiliar na gestão de estoques pesqueiros e na previsão da demanda energética.
  • Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais: A capacidade da IA de analisar dados climáticos e geológicos pode melhorar a previsão de eventos como inundações, incêndios florestais e secas, permitindo a implementação de medidas preventivas e a otimização das operações de resposta.
  • Otimização de Cadeias de Suprimentos Sustentáveis: A IA pode ser usada para rastrear a origem de matérias-primas, otimizar rotas de transporte e reduzir o impacto ambiental de processos produtivos.

Os Desafios Ambientais da IA:

Apesar de seu potencial, a IA também apresenta desafios ambientais que precisam ser considerados:

  • Consumo de Energia: O treinamento de modelos complexos de IA e a operação de grandes data centers exigem quantidades significativas de energia, muitas vezes proveniente de fontes não renováveis, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa.
  • Consumo de Água: O resfriamento dos data centers, necessários para manter a temperatura ideal dos equipamentos, demanda um volume considerável de água.
  • Uso de Recursos Naturais: A produção de hardware para IA, como chips e outros componentes eletrônicos, requer a extração de minerais e a utilização de processos de fabricação intensivos em recursos.
  • Geração de Resíduos Eletrônicos: O ciclo de vida dos equipamentos de IA contribui para o crescente problema do lixo eletrônico.

Conclusão:

A relação entre a IA e o meio ambiente é complexa. Se, por um lado, a IA oferece ferramentas poderosas para enfrentar a crise ecológica e promover a sustentabilidade, por outro, seu desenvolvimento e uso podem gerar impactos ambientais negativos. Para que a IA seja uma verdadeira aliada do meio ambiente, é fundamental focar em:

  • O desenvolvimento de modelos de IA mais eficientes em termos de energia e recursos.
  • A utilização de fontes de energia renovável para alimentar a infraestrutura de IA.
  • A promoção de práticas de reciclagem e descarte adequadas para o hardware de IA.
  • Uma abordagem ética e responsável na aplicação da IA para garantir que os benefícios ambientais superem os custos.

Em última análise, o futuro da interação entre a IA e o meio ambiente dependerá da nossa capacidade de aproveitar o potencial da IA para a sustentabilidade, mitigando simultaneamente seus impactos negativos. 


 

Crise Ecológica no Pantanal e o Impacto nas Onças-Pintadas

O Pantanal, a maior planície alagável do mundo, enfrenta uma grave crise ecológica, intensificada nos últimos anos por eventos climáticos extremos e atividades humanas. Essa crise tem um impacto direto e preocupante sobre a sua rica biodiversidade, incluindo as populações de onças-pintadas, um símbolo da fauna brasileira e predador de topo crucial para o equilíbrio do ecossistema.

As principais facetas dessa crise incluem:

  • Secas Severas e Incêndios: O aumento da frequência e intensidade de secas, muitas vezes agravadas pelas mudanças climáticas, torna o Pantanal mais suscetível a incêndios de grandes proporções. As queimadas de 2020, por exemplo, devastaram uma área significativa do bioma, destruindo habitats e afetando diretamente a vida selvagem, incluindo as onças. A perda de vegetação e de suas presas naturais coloca uma pressão enorme sobre a sobrevivência desses felinos.
  • Perda e Fragmentação de Habitat: Além dos incêndios, o desmatamento para a expansão agrícola e pecuária, bem como a construção de infraestruturas como estradas, contribuem para a perda e fragmentação do habitat das onças. Isso dificulta a movimentação dos animais, a busca por alimento e parceiros reprodutivos, isolando populações e aumentando o risco de conflitos com humanos.
  • Escassez de Alimento: A degradação do ambiente pantaneiro leva à diminuição das populações de suas presas naturais, como capivaras, jacarés e outros animais. Com menos alimento disponível, as onças podem se aventurar em áreas habitadas por humanos em busca de comida, aumentando o risco de ataques ao gado e, consequentemente, a retaliações por parte dos criadores.
  • Conflitos com Humanos: A invasão do habitat natural das onças e a predação de animais domésticos podem levar a conflitos diretos com humanos. A caça de retaliação, mesmo sendo ilegal, ainda representa uma ameaça significativa para a conservação das onças-pintadas no Pantanal.

O resultado dessa crise ecológica é alarmante para as onças-pintadas. Estudos indicam que uma parcela considerável da população já foi afetada pelos incêndios, com perda de áreas de vida importantes. A desnutrição, como evidenciado em casos recentes de ataques a humanos, pode ser um indicativo da dificuldade que esses animais enfrentam para encontrar alimento em um ambiente degradado.

A conservação das onças-pintadas no Pantanal é intrinsecamente ligada à saúde de todo o ecossistema. Esforços para controlar o uso do fogo, consolidar e ampliar áreas protegidas, promover a restauração ambiental e implementar medidas para mitigar os conflitos entre humanos e fauna são cruciais para garantir a sobrevivência dessa espécie emblemática e a integridade do Pantanal para as futuras gerações. A complexa interação entre a crise ecológica e a sobrevivência das onças exige uma abordagem integrada e urgente para a proteção desse bioma único.

19/05/2025


As Consequências da Ausência de Áreas Verdes nas Cidades

A falta de áreas verdes nos centros urbanos acarreta uma série de consequências negativas que afetam tanto o meio ambiente quanto a qualidade de vida da população. A ausência de vegetação contribui para a elevação da temperatura, intensificando o fenômeno das ilhas de calor, onde a temperatura nas cidades se torna significativamente mais alta do que nas áreas rurais circundantes. Isso ocorre porque superfícies como asfalto e concreto absorvem e retêm mais calor do que a vegetação.

Além do aumento do calor, a escassez de áreas verdes compromete a qualidade do ar. As plantas desempenham um papel crucial na absorção de poluentes e na produção de oxigênio. Sem elas, a concentração de partículas nocivas e gases tóxicos tende a aumentar, elevando a incidência de problemas respiratórios e outras doenças relacionadas à poluição.

A falta de espaços verdes também impacta o bem-estar mental e físico dos moradores. Áreas verdes oferecem locais para recreação, exercícios e contato com a natureza, elementos importantes para a saúde mental, redução do estresse e promoção da atividade física. A ausência desses espaços pode levar ao aumento do sedentarismo, isolamento social e problemas de saúde mental.

Do ponto de vista ambiental, a impermeabilização do solo pela falta de vegetação agrava os problemas de escoamento da água da chuva, contribuindo para inundações e alagamentos. Além disso, a perda de habitats naturais dentro das cidades afeta a biodiversidade local, diminuindo a presença de diversas espécies de plantas e animais.

Em suma, a ausência de áreas verdes nas cidades não é apenas uma questão estética, mas um problema com profundas implicações para a saúde humana e a sustentabilidade ambiental urbana. Investir na criação e manutenção desses espaços é fundamental para construir cidades mais resilientes, saudáveis e agradáveis para se viver. 


 

Algodão "sustentável" com agrotóxicos: uma contradição chamada greenwashing

A alegação de que algodão cultivado com o uso de agrotóxicos pode ser considerado "sustentável" configura um claro caso de greenwashing. A sustentabilidade, em sua essência, busca práticas que respeitem o meio ambiente e a saúde humana a longo prazo. O uso de agrotóxicos, por outro lado, está associado a diversos impactos negativos, como a contaminação do solo e da água, a perda de biodiversidade e riscos à saúde de trabalhadores e comunidades vizinhas.

Rotular um produto como "sustentável" enquanto se utiliza substâncias prejudiciais ao meio ambiente e à saúde induz o consumidor ao erro, criando uma imagem enganosa de responsabilidade ambiental. A verdadeira sustentabilidade na produção de algodão passa por métodos agroecológicos, que priorizam o manejo natural de pragas, a saúde do solo e a eliminação de insumos químicos sintéticos. Portanto, o termo "algodão sustentável" só pode ser aplicado com integridade a produções que dispensam o uso de agrotóxicos.

14/05/2025


Brasil e Economia Circular: Um Potencial Adormecido

O Brasil possui um potencial enorme para a economia circular, impulsionado pela sua vasta biodiversidade, recursos naturais e um setor industrial com crescente consciência ambiental. A transição de um modelo linear de "extrair, produzir, usar e descartar" para um circular, onde resíduos se tornam insumos e produtos são reutilizados e reciclados, pode gerar significativos benefícios econômicos, sociais e ambientais para o país.

O reaproveitamento de materiais, a remanufatura, a extensão da vida útil de produtos e a otimização de processos produtivos podem reduzir a dependência de matérias-primas virgens, diminuir a geração de resíduos e criar novas oportunidades de negócios e empregos. Setores como o da construção civil, agronegócio e indústria de bens de consumo possuem grande margem para a implementação de práticas circulares.

No entanto, para que esse potencial se concretize, é fundamental o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a economia circular, o investimento em infraestrutura de coleta e reciclagem, o fomento à inovação e a conscientização da sociedade. O Brasil tem a chance de se posicionar como um líder em economia circular, alinhando crescimento econômico com sustentabilidade. 


 A COP 30, que será realizada em Belém, no coração da Amazônia, em novembro de 2025, representa uma oportunidade crucial para focar a atenção global na urgência de proteger a maior floresta tropical do mundo. Diante de crescentes taxas de desmatamento, incêndios florestais e os impactos das mudanças climáticas, a COP 30 pode ser um momento decisivo para catalisar ações concretas e ambiciosas para evitar um colapso na Amazônia.

A realização da conferência no próprio bioma amazônico oferece uma perspectiva única e a possibilidade de dar voz às comunidades locais, povos indígenas e cientistas que vivenciam de perto os desafios e as soluções para a região. Espera-se que as discussões na COP 30 abordem temas como o financiamento para a conservação, o desenvolvimento de uma bioeconomia sustentável, o fortalecimento dos direitos dos povos tradicionais e a busca por soluções que conciliem a preservação ambiental com o desenvolvimento social e econômico da Amazônia.

Embora a COP 30 por si só não garanta a salvação da Amazônia, ela oferece uma plataforma vital para impulsionar compromissos internacionais mais robustos, novas políticas públicas e a colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil. O sucesso em evitar um colapso dependerá da ambição das metas estabelecidas, da efetividade das ações implementadas e do engajamento de todos os atores envolvidos. A COP 30 é, portanto, uma janela de oportunidade que não pode ser desperdiçada para proteger este ecossistema fundamental para o planeta.

11/05/2025


 A conexão entre maré vermelha, virose e petróleo no Amazonas é complexa e não direta, mas existem algumas formas pelas quais esses eventos podem estar interligados, principalmente no que diz respeito a impactos ambientais e na saúde:

1. Petróleo e Maré Vermelha:

  • Eutrofização: Derramamentos de petróleo e a exploração podem liberar nutrientes no ambiente aquático. O aumento de nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo, pode levar à eutrofização, um fenômeno que causa o crescimento excessivo de algas, incluindo as que causam a maré vermelha.
  • Toxinas: Alguns componentes do petróleo podem ser tóxicos para a vida marinha e potencialmente alterar os ecossistemas de forma a favorecer o desenvolvimento de algas nocivas.

2. Petróleo e Virose:

  • Impacto na saúde humana: Vazamentos de petróleo podem contaminar a água e os frutos do mar, levando a problemas de saúde em humanos através do contato direto ou da ingestão de alimentos contaminados. Embora não causem viroses diretamente, podem debilitar a saúde das populações, tornando-as mais suscetíveis a doenças.
  • Deslocamento de populações: A exploração de petróleo pode levar ao deslocamento de comunidades, o que pode criar condições de saneamento precárias e aumentar o risco de propagação de doenças virais.

3. Maré Vermelha e Virose:

  • Toxinas e saúde humana: A maré vermelha é causada por uma proliferação de microalgas que podem produzir toxinas. O contato com essas toxinas (por banho ou ingestão de frutos do mar contaminados) pode causar sintomas que se assemelham a viroses, como náuseas, vômitos, diarreia e problemas respiratórios.

No contexto específico do Amazonas:

  • A exploração de petróleo na foz do Amazonas é uma preocupação constante devido ao seu potencial impacto em ecossistemas sensíveis, como manguezais e recifes de coral, e nas comunidades que dependem desses ambientes. Um eventual vazamento poderia ter consequências graves para a biodiversidade e para a saúde das populações locais.
  • O Amazonas também enfrenta surtos de viroses, como a febre de Oropouche e outras doenças transmitidas por vetores. Embora a maré vermelha seja um fenômeno mais associado a ambientes marinhos, a degradação ambiental causada pela exploração de petróleo poderia, indiretamente, afetar a saúde e a resiliência das comunidades a diversas doenças.

Em resumo: Embora não haja uma ligação causal direta e simples entre os três eventos mencionados, a exploração de petróleo pode criar condições que favorecem a ocorrência de marés vermelhas e pode impactar a saúde das populações, possivelmente tornando-as mais vulneráveis a viroses. A maré vermelha, por sua vez, pode causar sintomas que se assemelham a viroses devido às toxinas produzidas pelas algas.

É importante monitorar a saúde ambiental e humana na região para entender melhor as possíveis interconexões entre esses eventos.


 Vários fatores contribuem para a dificuldade de brasileiros em fazer escolhas sustentáveis:

1. Custo: Produtos e serviços sustentáveis frequentemente têm um custo mais elevado em comparação com as opções convencionais. Para uma parcela significativa da população, o preço é um fator determinante na decisão de compra.

2. Falta de informação e clareza: Muitos consumidores sentem falta de informações claras e acessíveis sobre o que torna um produto ou serviço realmente sustentável. A complexidade de rótulos e a falta de padronização podem gerar confusão e dificultar a identificação de opções confiáveis.

3. Desconfiança sobre o impacto real: Uma parcela dos consumidores questiona o real impacto ambiental e social de produtos que se dizem sustentáveis, o que pode desmotivá-los a pagar mais por eles. O receio de "greenwashing" (marketing enganoso sobre práticas ambientais) também contribui para essa desconfiança.

4. Priorização de outras necessidades: Para muitas famílias, especialmente aquelas com orçamentos apertados, outras necessidades como alimentação, saúde e moradia podem ter prioridade sobre a preocupação com a sustentabilidade no momento da compra.

5. Hábito e conveniência: As escolhas não sustentáveis muitas vezes são as mais convenientes e já estão enraizadas nos hábitos de consumo. Mudar esses hábitos requer esforço e, por vezes, abrir mão de certas comodidades.

6. Falta de políticas públicas efetivas: A ausência de incentivos governamentais mais robustos para a produção e o consumo sustentável, bem como a falta de uma educação ambiental mais ampla, também contribuem para a dificuldade em internalizar práticas sustentáveis.

Em resumo, a dificuldade dos brasileiros em fazer escolhas sustentáveis é multifacetada, envolvendo questões econômicas, informacionais, de percepção e de hábitos, além do contexto de políticas públicas. Apesar disso, pesquisas indicam que uma grande parte da população brasileira tem o desejo de adotar práticas mais sustentáveis, o que sugere um potencial para mudanças com as condições adequadas.

A realização da COP 30 em Belém, em novembro de 2025, representa um marco histórico para a cidade e para a Amazônia, trazendo consigo uma sé...